Nesta sexta-feira (24) foi municipal em Itabaiana, dia que marca a
Batalha do Riacho das Pedras: Há 189 anos foi travada no Riacho das
Pedras em Itabaiana, a mais importante batalha realizada na PB. De um
lado os republicanos da confederação do Equador, que lutavam pelo contra
o absolutismo do Império, do outro, os Legalistas, conservadores,
aliados de D. Pedro I.
A cidade de Itabaiana viveu, em 1824, a maior batalha já travada em solo
paraibano, de brasileiros separatistas e republicanos contra Portugal.
Os historiadores contam que os rebeldes liderados por Félix Antonio
Ferreira de Albuquerque, contavam com 1.500 soldados. O combate se deu
no Riacho das Pedras, com muitas mortes depois de quatro horas de luta.
Os grupos recuaram, os legalistas voltaram para Pilar e os
revolucionários para Juripiranga, de lá fugindo para o Ceará. Entre
eles, estava o Frei Caneca, um religioso que deu sua vida pela liberdade
do Brasil.
Conta-se que o capitão Félix Antonio foi morto na Fazenda Oratório, em
Pedras de Fogo, vítima de traição de um amigo. A esposa do capitão Maria
Joaquina uma mulher guerreira matou pessoalmente o assassino do marido,
com um tiro de Bacamarte.
Aproveitamos para transcrever interessante texto de Fábio Mozart, em que
destaca a participação da mulher naquele movimento revolucionário.
A heroína da Confederação do Equador
Fábio Mozart
A cidade de Itabaiana viveu, em 1824, a maior batalha já travada em solo
paraibano, de brasileiros separatistas e republicanos contra os
prepostos de Portugal. Os historiadores contam que os rebeldes,
liderados por Félix Antonio Ferreira de Albuquerque, contavam com mil e
quinhentos soldados. O combate se deu no Riacho das Pedras, com muitas
mortes depois de quatro horas de luta. Cada grupo recuou: os legalistas
voltaram para Pilar, e os revolucionários foram para Juripiranga, de lá
fugindo para o Ceará. Entre eles estava o famoso Frei Caneca, um
religioso que deu sua vida pela liberdade do Brasil.
Maria Joaquina de Santana era mulher do Capitão Félix Antonio, ela uma
paraibana de fibra, que lutou até o último momento pela liberdade e pela
honra do seu marido e de sua pátria. Ela foi o símbolo da valentia da
mulher paraibana na Confederação do Equador, tendo um papel de destaque
nas lutas dos revolucionários separatistas, os primeiros choques entre
brasileiros e portugueses pela independência do Brasil. Em Itabaiana, os
revoltosos esperaram reforço prometido de Pernambuco, que nunca
chegou.
Aquela batalha, a mais importante da Confederação do Equador, ficou
marcada pela figura de uma mulher corajosa. Já dizia o filósofo francês
André Comte Sponville, que “a coragem é a mais admirada das virtudes,
desfrutando um prestígio que independe da época nem da sociedade. Em
toda parte e em qualquer tempo, a covardia é desprezada e a coragem é
estimada”. Foi essa a impressão que deixou na história essa mulher,
Maria Joaquina de Santana, cuja bravura, ao lado do marido, nunca será
apagada das nossas mentes. Conta-se que o Capitão Félix Antonio foi
morto na Fazenda Oratório, em Pedras de Fogo, vítima de traição de um
“amigo”. A intrépida Maria Joaquina matou pessoalmente o assassino do
marido, com um tiro de bacamarte.